segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Uma garrafa de Rum.



R. já bebia há anos. Teve problemas durante toda sua vida e resolveu transformá-los em uma coisa só: A dependência do álcool.
Solteiro, vivia só com sua única filha, vinda de um casamento mal sucedido graças aos vícios. A filha, com todo o amor que só um filho tem por um pai, tentava ajudar. Tentou conversas que não funcionaram, tentou o AA que não ajudou, assim como as centenas de psicólogos, psiquiatras, psicoterapeutas e todos os outros psicos que podem existir no mundo. Como ajudar alguém que não quer se ajudar e que sequer acredita precisar de ajuda?
Em uma cartada desesperada, colocou veneno na garrafa de Rum e esperou. Ouviu o cambalear de R., que voltando de mais uma noitada foi direto para a geladeira buscar a única coisa que parecia completá-lo. Em dois goles estava feito.
Alguns dias, os jornais sensacionalistas anunciavam: “Garota mata o pai alcoólatra com Rum envenenado”.
Irônico pensar que a filha só fez o que R. queria há muito, mas esqueceu do básico: Um alcoólatra nunca se destrói sozinho.

3 comentários:

  1. Texto intenso... E chega a ser irônico procurar ajuda de um psico, ñ? Rsrsrs! Bem que poderia ter outro nome.....

    Pobre filha do R...


    Bjoks!

    Nany Morrison
    http://thoughtsinexcess.blogspot.com/

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  2. Katz!

    Vamos dar rolê na Vila Madalenaaaaaa!


    Bjoks! =D

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  3. Ah! Meu link mudou, agora é: http://thoughts-inexcess.blogspot.com/

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